Texto de Luís Paulo B. Lopes
A angústia é algo que impede o nascimento de uma imagem que tenta vir à luz. Como se a imagem ficasse turva e imperceptível por uma mancha; que cresce na medida em que a imagem se aproxima. Surge quando uma imagem quer se formar mas não consegue; e quando ela finalmente se forma, a angústia desaparece. Tomar consciência da imagem oculta sob a angústia, portanto, envolve permitir seu nascimento, sentir o afeto que carrega, estar com ela e lidar com a responsabilidade ética que ela traz consigo. Permitir o nascimento da imagem depende da aceitação da angústia; de abrir mão da vontade de afastar o mal-estar, assumindo uma postura passiva e receptiva. É preciso abandonar as armas. O eu que aceita torna-se então a terra fértil que pode receber a semente imagética e, o estar com ela é o mesmo que permitir que cresça até se transformar em uma nova atitude que leve em conta o outro rejeitado. Partindo da rejeição, passa pelo suportar, pelo tolerar, até que finalmente nasça uma atitude fraterna. Da ética da exclusão para uma ética da fraternidade imagética. Nesse caminho, transforma-se não somente a imagem e seu afeto, mas também o eu se fortalece através do ganho de flexibilidade. Ampliar a consciência não se refere somente a jogar luz na escuridão, isto é somente uma consequência; o fundamental é uma mudança de atitude diante da imagem, em que sejamos mais capazes de estar abertos ao outro. É isso o que a angústia tenta operar, uma abertura do eu em relação ao inconsciente e à vida. Não se trata de ser capaz de aceitar tudo, muito menos de cumprir com a expectativa do outro, mas é como aceitar o próprio destino.
A angústia é algo que impede o nascimento de uma imagem que tenta vir à luz. Como se a imagem ficasse turva e imperceptível por uma mancha; que cresce na medida em que a imagem se aproxima. Surge quando uma imagem quer se formar mas não consegue; e quando ela finalmente se forma, a angústia desaparece. Tomar consciência da imagem oculta sob a angústia, portanto, envolve permitir seu nascimento, sentir o afeto que carrega, estar com ela e lidar com a responsabilidade ética que ela traz consigo. Permitir o nascimento da imagem depende da aceitação da angústia; de abrir mão da vontade de afastar o mal-estar, assumindo uma postura passiva e receptiva. É preciso abandonar as armas. O eu que aceita torna-se então a terra fértil que pode receber a semente imagética e, o estar com ela é o mesmo que permitir que cresça até se transformar em uma nova atitude que leve em conta o outro rejeitado. Partindo da rejeição, passa pelo suportar, pelo tolerar, até que finalmente nasça uma atitude fraterna. Da ética da exclusão para uma ética da fraternidade imagética. Nesse caminho, transforma-se não somente a imagem e seu afeto, mas também o eu se fortalece através do ganho de flexibilidade. Ampliar a consciência não se refere somente a jogar luz na escuridão, isto é somente uma consequência; o fundamental é uma mudança de atitude diante da imagem, em que sejamos mais capazes de estar abertos ao outro. É isso o que a angústia tenta operar, uma abertura do eu em relação ao inconsciente e à vida. Não se trata de ser capaz de aceitar tudo, muito menos de cumprir com a expectativa do outro, mas é como aceitar o próprio destino.
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