Os desenvolvimentos revolucionários em várias disciplinas delineiam agora uma visão de mundo que é radicalmente diferente da imagem newtoniana do universo. Algumas das mudanças mais radicais ocorreram na física, a base da ciência mecanicista. Com o advento da teoria da relatividade de Einstein e da física quântica, os conceitos tradicionais de matéria, tempo e espaço foram ultrapassados. O universo físico veio a ser visto como uma trama unificada de eventos paradoxais estatisticamente determinados, na qual o conhecimento e a inteligência criativa desempenham um papel muito importante.
O reconhecimento de que o universo não é um sistema mecânico (...), preparou o terreno para um entendimento da realidade baseado em princípios inteiramente novos. Essa abordagem ficou conhecida como holografia, porque algumas das suas características mais notáveis podem ser demonstradas com o uso de hologramas ópticos como instrumentos conceituais. Os dois cientistas que se tornaram conhecidos por suas contribuições a este novo modo excitante de ver a realidade são o físico David Bohm e o neurocientista Karl Pribram.
Um aspecto do pensamento holográfico particularmente relevante para a nossa discussão é a possibilidade de um relacionamento completamente novo entre as partes e o todo. No sistema holográfico, a informação é distribuída de tal modo que seu todo está contido e é acessível a todas as suas partes. Essa propriedade pode ser demonstrada cortando-se um holograma óptico em muitos pedaços e demonstrando que cada um de seus fragmentos é capaz de reproduzir a imagem toda.
O conceito de "informação distribuída" abre perspectivas inteiramente novas para a compreensão de como as experiências transpessoais podem mediar o acesso direto à informação sobre vários aspectos do universo que permanecem fora dos limites pessoais convencionalmente definidos. Se a pessoa e o cérebro não são entidades isoladas, mas partes integrantes de um universo com propriedades holográficas — se são, de algum modo, microcosmos de um sistema maior —, então é compreensível que possam ter acesso direto e imediato à informação exterior.
(...)
As descobertas modernas da psicologia e da psiquiatria não têm sido menos surpreendentes e radicais que aquelas das ciências naturais. (...) Eles mostram a psique como um princípio universal que informa toda a existência e é inseparável do mundo material da realidade consensual. As experiências transpessoais descobertas por pesquisas modernas da consciência têm propriedades que colocam em questão os verdadeiros fundamentos das crenças tradicionais sobre o relacionamento entre consciência e matéria.
Os novos resultados sugerem que a consciência não é um produto do cérebro humano; é mediada pelo cérebro mas não tem origem nele. Uma pesquisa moderna trouxe a seguir evidências surpreendentes demonstrando que a consciência deveria ser um parceiro igual à matéria, ou até mesmo superordenado para ela. Isto está emergindo cada vez mais como um atributo primário da vida que é inexplicavelmente alternativa na estrutura do universo, em todos os níveis.
O reconhecimento de que o universo não é um sistema mecânico (...), preparou o terreno para um entendimento da realidade baseado em princípios inteiramente novos. Essa abordagem ficou conhecida como holografia, porque algumas das suas características mais notáveis podem ser demonstradas com o uso de hologramas ópticos como instrumentos conceituais. Os dois cientistas que se tornaram conhecidos por suas contribuições a este novo modo excitante de ver a realidade são o físico David Bohm e o neurocientista Karl Pribram.
Um aspecto do pensamento holográfico particularmente relevante para a nossa discussão é a possibilidade de um relacionamento completamente novo entre as partes e o todo. No sistema holográfico, a informação é distribuída de tal modo que seu todo está contido e é acessível a todas as suas partes. Essa propriedade pode ser demonstrada cortando-se um holograma óptico em muitos pedaços e demonstrando que cada um de seus fragmentos é capaz de reproduzir a imagem toda.
O conceito de "informação distribuída" abre perspectivas inteiramente novas para a compreensão de como as experiências transpessoais podem mediar o acesso direto à informação sobre vários aspectos do universo que permanecem fora dos limites pessoais convencionalmente definidos. Se a pessoa e o cérebro não são entidades isoladas, mas partes integrantes de um universo com propriedades holográficas — se são, de algum modo, microcosmos de um sistema maior —, então é compreensível que possam ter acesso direto e imediato à informação exterior.
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As descobertas modernas da psicologia e da psiquiatria não têm sido menos surpreendentes e radicais que aquelas das ciências naturais. (...) Eles mostram a psique como um princípio universal que informa toda a existência e é inseparável do mundo material da realidade consensual. As experiências transpessoais descobertas por pesquisas modernas da consciência têm propriedades que colocam em questão os verdadeiros fundamentos das crenças tradicionais sobre o relacionamento entre consciência e matéria.
Os novos resultados sugerem que a consciência não é um produto do cérebro humano; é mediada pelo cérebro mas não tem origem nele. Uma pesquisa moderna trouxe a seguir evidências surpreendentes demonstrando que a consciência deveria ser um parceiro igual à matéria, ou até mesmo superordenado para ela. Isto está emergindo cada vez mais como um atributo primário da vida que é inexplicavelmente alternativa na estrutura do universo, em todos os níveis.
Retirado do livro: A tempestuosa busca do Ser; de Stanislav e Christina Grof
Um comentário:
Eu gosto dos textos que você coloca, acho muito interessantes e compactuáveis com o que eu escrevo. abraços
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