quarta-feira, 18 de março de 2009

As voltas dessa minha vida


Meu corpo está no chão
Estático sem vida
Desbravando a mim mesmo
Em profunda internalização

A mente foi aprisionada
Dentro desse labirinto
Quando encontro a saída
Percebo ser outra encruzilhada

Quando a mente se perdeu
Nos corredores de sua invenção
Lá se foi minha tranquilidade
Afundei no desespero
Quando concebi que o labirinto
Percorre toda a eternidade

Visitei a insanidade
O paradoxo entortou a lógica
E concebi essa aparente incoerência
Como uma profunda verdade

Entendi que era a mente
E silenciei em contemplação
Elevei minha consciência
E no amor infinito
Percebi toda interconexão

Santo amor transcendental
Graça de adoração
A ti me entrego por completo
Confiante e sem medo
Em perfeita união

Graça a ti meu pai eterno
Tu que és a própria vida
Me prende, gira, tira o chão
Pra que eu aprenda e siga firme

Tu és todo meu amor
Que não cabe nas palavras
Só nessa gratidão linda
Que permeia e lava a alma


Luís Paulo Lopes